Em tempo de comemorações e referências ao Dia Do Refugiado, nos lembramos de nossos irmãos na África. Uma região frequentemente esquecida pela mídia, mas que deve ser lembrada pela igreja. O que talvez muitos não saibam é que Uganda, na África Oriental, é hoje um dos países que mais recebe refugiados no mundo inteiro, acolhendo mais 1,2 milhão de pessoas em situação de refúgio.

Durante o mês de maio, a advogada Gabriela Castilhos, nossa obreira em tempo integral, teve a oportunidade de fazer uma viagem de curto prazo à Uganda para uma agenda de reuniões e treinamentos, unindo forças com os nossos missionários que já estão lá, desde 2014. Ela compartilha que Uganda tem se destacado na forma como tem acolhido os refugiados que chegam principalmente devido às crises humanitárias no Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Eritréia.

Os missionários participam do trabalho de assistência aos que chegam (aproximadamente 2.000 pessoas por dia), o qual somente pode ser realizado por meio de parcerias. “Existe um bom trabalho de triagem, e os refugiados que chegam ficam em um campo transitório onde são documentados e examinados. Em seguida, são encaminhados aos assentamentos. Nos assentamentos, cada família recebe até um pedaço de terra para construir uma casinha, plantar. É incrível, porque qual é o País que hoje fornece uma propriedade para que o refugiado possa se instalar? O Brasil dá no máximo o direito à documentação e à liberdade. Mesmo assim, a situação deles é de extrema pobreza, porque o acesso à água é limitado, e o país já é um local vulnerável por si só”, explica.

Em visita ao assentamento de refugiados em Rwamwanja, local onde os missionários em Uganda têm realizado um trabalho em parceria com a Igreja Evangélica Luz do Mundo, nossa obreira teve a oportunidade de ministrar para algumas mulheres sobre identidade e o valor que elas possuem perante Deus. “O sofrimento afeta a todos. Mas acredito que mulher acumula sobre si uma carga de discriminação de gênero que já é intrínseca nessas culturas, tornando a situação ainda mais complicada pra elas. Além disso, muitas delas já chegam no assentamento de luto, seja pela perda do marido ou até mesmo dos filhos”, comenta.

Acolher refugiados aqui no Brasil tem sido motivo de muita alegria para todos nós. Mas vemos que as portas do Brasil, infelizmente não estão abertas ao povo desta região. “O governo brasileiro concede um visto por razões humanitárias para os sírios, o que é algo muito necessário. Especialmente quando podemos  ver o agir de Deus na vida desses nossos irmãos que chegaram com grandes expectativas no coração em viver em um país livre da guerra e ver como hoje já  existem muitos vivendo no Brasil de forma digna. Mas não podemos ignorar o cenário na África Oriental.

Ore conosco por nossos irmãos refugiados em Uganda e também por mais obreiros dispostos a servirem, para que assim seu Reino seja expandido em todos os cantos, “A seara é grande e poucos são os trabalhadores”. Que o Brasil pratique a verdadeira hospitalidade, e não  uma “paixão de ocasião”.

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Este post tem 7 comentários

  1. Meire Fontes

    Deus abençoe a nação de Uganda,a sua Igreja,aos refugiados e a todos os seus missionários nesta nação

  2. Débora

    O mundo tem que saber que há pessoas no continente africano que precisam de alento, alimento e solidariedade. Pensamos que os outros já estão fazendo algo, que não há mais o que fazer, mas sempre há solução quando nos preocupamos com atitude séria e eficaz, principalmente com um povo tão sofrido.

  3. Eltonio

    É louvável o trabalho que a mais está realizando na área social e espiritual. Deus os abençoe.

  4. valdenes faria da silva

    Como poderia investir a minha vida por um mês na Uganda ?, sou pastor missionário por 24 anos e pastor de uma igreja local ( 1ª Igreja Batista Ministério Shophar ), já tive experiências missionárias na França e Portugal por 2 anos.

    ministro: treinamento para evangelistas e missionários
    cursos de discipulado
    capacitação de líderes
    atualmente faço faculdade de odontologia para usar no campo.

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