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Fomos presenteados com mais uma família de refugiados, que desde 2017 tentava participar do nosso programa de acolhimento. Essa família sonhava em viver em um país onde pudessem viver um novo tempo, exercitando a sua fé.

Hana* é cristã e tem dois filhos. Um rapaz de 20 anos e uma moça de 18. Ela ficou viúva em 2001, pois o marido, que também era cristão, faleceu após ser diagnosticado com câncer no fígado.

Por muitos anos Hana teve que trabalhar, de forma forçada, como secretária na mesma empresa que o marido para ajudar com as despesas de casa e, durante este tempo, sua mãe cuidava das crianças que, mesmo idosa e sem condições financeiras, procurava ajudar a família desta forma. Também foi após a morte de seu esposo que Hana começou a trabalhar como empregada doméstica e, como o salário era baixo, ela contava com a provisão de Deus e foi assim que, por meio de doações, conseguiu pagar a escola dos filhos e também manter as necessidades básicas da família.

Já em 2006, Hana, após o falecimento de seu sogro, descobriu que o mesmo era cristão, mas que antes de falecer, converteu–se ao islã e registrou os netos como muçulmanos, ou seja, ela se tornou uma mulher cristã com filhos muçulmanos, mas que não querem seguir o Islã e nem casar-se com muçulmanos, pois são convertidos ao cristianismo.

Possuir uma descendência familiar muçulmana implica em muitos problemas, pois como muçulmanos os filhos devem obedecer às regras da religião pois sendo forçados a serem muçulmanos, deverão casar-se com outros muçulmanos, seus filhos nascerão muçulmanos e, ao morrerem, serão enterrados no cemitério islâmico também.

Outra grande dificuldade é que sendo cristã em seu país de origem, Hana não consegue um emprego melhor e também sofre com toda a pressão familiar que foi gerada pelo avô de seus filhos.

Hana e os filhos sempre tiveram o desejo de assumir sua fé cristã e hoje estão conosco para um tempo de recomeço. Somos gratos a Deus por esta família, pela história que Deus já tem prevista para suas vidas e cremos que o tempo aqui na MAIS será de muito crescimento para todos – Tanto para eles, quanto para nós que aprendemos muito toda vez que chegam irmãos na fé, em situações como esta.

Ore conosco por esta família e por todas as outras que estão a mercê do Estado Islâmico e precisam de uma nova oportunidade. De um recomeço. Peça a Deus que os encoraje neste momento de adaptação e em tudo que vão viver aqui.

Hana*, nome fictício para preservar a identidade de nossa irmã.

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