Um dos privilégios que temos enquanto organização missionária é possuir nossa própria agência de comunicação. É aqui que produzimos tudo que você confere em nosso site, nas redes sociais e em nossas campanhas.

Lidar com a Igreja Sofredora tem nos possibilitado a ver de perto como é a dor dos nossos irmãos. Contudo, é em meio à quantidade de notícias que recebemos , seja por meio de nossos missionários ou pela mídia, que temos sidos desafiados a diariamente, ser resposta comunicando a esperança e, partilhando dela com nossos irmãos.

Não devemos subestimar o poder da palavra impressa, tampouco a crescente influência da internet.  Acreditamos que a comunicação pode ser nossa grande aliada, quando se trata de anunciar as boas novas, partilhando do amor de Cristo.

Confira abaixo, a entrevista com nosso coordenador, Raphael Boamorte sobre o que Deus tem colocado em nosso coração, como equipe de comunicação.

1- Qual o propósito da Comunicação da MAIS?

O propósito da comunicação da MAIS vai além de tornar nossos projetos, bases ou até mesmo à organização conhecidos. Nosso propósito como Comunicação é mostrar que existe uma igreja que sofre diariamente, e nós podemos ser a resposta para esses irmãos que sofrem ao redor do mundo. Cada texto, arte ou vídeo que é produzido aqui, deve ter como base a pergunta “como isso pode amenizar, de alguma forma, a dor da Igreja Sofredora?”, porque se temos essa resposta por meio daquilo que criamos, nosso propósito está sendo alcançado diariamente.

2- A qual público se destina?

Igrejas, outras organizações missionárias (que podem trabalhar em parcerias e complementar o trabalho que fazemos de alguma forma), e pessoas que entendem o chamado missionário da Igreja, como Corpo de Cristo, e quer se envolver de alguma forma em missões. Estamos falando para essas pessoas. E, como público secundário, temos as pessoas que estão completamente fora desse universo cristão/missionário, mas que podem ser, de alguma forma, alcançados por aquilo que fazemos.

3- O que queremos comunicar?

Parece clichê, mas queremos comunicar acima de tudo ESPERANÇA. É importante ressaltar isso, porque no mundo em que vivemos e com a causa que trabalhamos, é muito fácil ver desastres e tristezas todos os dias; e pessoas ou organizações se aproveitam disso para seu próprio benefício. Mas, nós queremos ir sempre além dessa dor. Queremos conhecer e mostrar histórias que demonstram que apesar de todo sofrimento, é possível sim recomeçar. Como usamos em nosso material institucional esse ano, queremos comunicar que cada história é um novo começo, e esses novos e pequenos começos devem ser comunicados e acima de tudo, celebrados. Porque são nossos irmãos, que tiveram uma nova chance.

4- Quais os principais desafios hoje?

Um dos principais desafios como coordenador é não deixar que a gente, como equipe, caia no lugar comum na hora de comunicar esperança. Não dá pra ser positivo demais, ao ponto de perder todo o drama que essas histórias carregam. Mas também não queremos ser apelativos. Então, o desafio está em encontrar o equilíbrio. Outro desafio tem sido a dificuldade em muitas vezes encontrar profissionais qualificados que estejam dispostos à se envolverem em missões em tempo integral. As vezes precisamos nos desdobrar para trabalhar com uma equipe reduzida, porque não conseguimos complementar nosso time de forma a ter todas as demandas supridas por profissionais da área.

5- Porque é importante uma agência de comunicação dentro de uma organização missionária?

Indo diretamente ao ponto, a importância se dá porque a demanda é real e sempre muito grande. Mas primeiro temos as questões práticas que envolvem criação de materiais básicos de comunicação, contato com gráfica, produtora, imprensa e etc. Mas em segundo lugar, e talvez até mais importante, está a possibilidade que ter uma agência de comunicação proporciona, de trabalhar sempre baseado em conceitos. Conceitos que vão definir a linguagem da organização, as mensagens dos materiais divulgados, a forma de interagir com público e principalmente, a possibilidade de utilizar as histórias das pessoas de forma respeitosa, mas que ainda assim toquem quem está sendo alcançado pela publicidade feita.

6- Como coordenador, qual tem sido a sua percepção em relação à importância de uma boa comunicação nesse contexto?

É muito comum ver igrejas e organizações cristãs, que não valorizam ou presam pelo bom trabalho de comunicação na hora de divulgar seus trabalhos ou projetos. Eu sempre vejo uma dificuldade enorme de forma geral nesse contexto. E hoje, atuando como coordenador de comunicação da MAIS, eu percebo que todo cuidado e atenção que temos ao nos mostrar para os outros, permite que nosso trabalho seja levado a sério, e nenhum dos nossos projetos sejam questionados quanto à sua seriedade e comprometimento. Acredito, nesse ponto, que ser direcionado por Deus, ter qualidade no trabalho prestado e saber comunicar da maneira correta, são três pilares que não podem ser desfeitos.

7- Porque a MAIS presa por esse cuidado em ser transparente com seus parceiros, intercessores e em levar as pessoas uma linguagem de esperança mesmo em meio ao caos?

Acreditamos que mostrar esperança em meio ao caos traz um impacto  duradouro. Não podemos fazer o nosso trabalho sozinhos, precisamos de nossos parceiros e intercessores nos apoiando e segurando as cordas para que tenhamos cada vez mais força. Mas para isso, precisamos mostrar para quem ajuda e para quem é ajudado, que Deus chega trazendo boas novas. É contraditório uma missão empenhada em levar o amor de Deus, e o alívio aos que sofrem, se aproveitar da dor e do caos para ganhar força. Queremos nos juntar aos nossos parceiros e intercessores para trazer alívio, e não mais sofrimento.

Torne-se um voluntário nos projetos de comunicação: https://maisnomundo.org/contato/